Quem sou eu

São Luis, Maranhão, Brazil
Pregador da palavra de Deus,com formação em Bacharel em Teologia, Arquelogia Biblica, Básico em Missões,Estudo no livro de Atos,etc... Contatos: E-MAIL: lagsserra@hotmail.com FONE: (098)9607-0766 orkut: lagsserra10@hotmail.com

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segunda-feira, 9 de maio de 2011

TESTEMUNHO DE MISSÕES

ÍNDIO ESPERA VINTE ANOS PARA OUVIR SOBRE DEUS



Aker não podia acreditar no que ouvia. Nativo de Oklahoma, ele passou os últimos dois anos, compartilhando Jesus em uma área rural da China, sem ver uma única salvação, até agora.

Deus levou Aker e uma pequena equipe de voluntários dos Batistas do Sul a um homem chamado Salomão, que vivia com sua família em um barraco de chão batido uma aldeia de montanha isolada. Aker contou a história do Evangelho e Salomão creu imediatamente.

Mas foi o que Salomão disse depois que Aker não pode esquecer. “Há vinte anos eu senti no meu coração que havia um Deus acima de tudo, mas não sabia nada sobre ele. Então eu orava todos os dias pedindo que Ele mandasse alguém para me dizer quem Ele era. E hoje Deus respondeu a minha oração”.

Imediatamente Salomão começou a contar aos outros sobre um Deus único e verdadeiro. Rapidamente levou seis moradores da aldeia a Cristo, incluindo sua esposa e duas filhas.

O pajé local tomou conhecimento e ameaçou publicamente, que se não parassem de falar do amor de Deus, seriam amaldiçoados e morreriam em três dias. Salomão recusou-se a ficar em silêncio, e no quarto dia, quando os moradores viram que ele ainda estava vivo, ninguém entendeu.

Salomão falou de Jesus para toda a aldeia. Em um único dia, mais de 80 pessoas se renderam a Cristo. “Essas pessoas vivem com medo de espíritos malignos. Tudo que eles fazem, seja a direção de sua própria, momento certo para casar e o que comer, é tudo baseado na tentativa de acalmar os espíritos malignos. Mas Salomão não teve medo de morrer porque confiou em Deus”.

Quatro anos depois, Deus continua usando a influência de Salomão para trazer mais de 400 pessoas à Cristo em três aldeias vizinhas e está chegando a quarta. Três igrejas já foram plantadas. “Eu jamais conseguiria evangelizar todas as 147 aldeias em cinco meses. Por isso temos que treinar os crentes para chegar aonde não chegamos”, revela Ray Aker.

GOVERNO DO BUTÃO ESTUDA LEGALIZAR RELIGIÃO CRISTÃ


Pela primeira vez na história do Butão, o governo da nação budista parece pronta para conceder o tão esperado reconhecimento oficial e acompanha os direitos para uma pequena população cristã que tem permanecido em grande parte oculta.

Segundo o secretário da agência Dorji Tshering via telefone, a autoridade que regulamenta organizações religiosas discutirá na próxima reunião – mantida para o final de dezembro – como uma organização cristã pode ser registrada para representar esta comunidade.

Até aqui somente organizações budistas e hindus são registradas pela autoridade, localmente conhecida como Chhoedey Lhentshog. Como resultado, somente estas duas comunidades tem o direito de praticar publicamente sua religião e construir templos.

Questionado se os cristãos iriam provavelmente conseguir os mesmo direitos em breve, Tshering respondeu, “Absolutamente” – um aparente paradigma muda na política, dado que a Assembleia Nacional do Butão proíbe prática pública de religiões não budista e não hindu pelas resoluções em 1969 e em 1979.

O movimento do governo para legalizar o cristianismo parece ter o consentimento do presente e respeitado rei, Jigme Khesar Namgyel Wangchuck. Antes dos trinta anos, ele estudou em universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O primeiro ministro Lyonchen Jigmey Thinley também acredita a princípio em haver reconhecimento de outras religiões. De acordo com uma fonte que solicitou anonimato, o governo é plausível para registrar somente uma organização cristã e aguarda que isso represente todos os cristãos no Butão – que apela para a unidade cristã no país
.

Evento discute rumos da Evangelização Mundial
Começou no domingo, 17 de outubro de 2010, na Cidade do Cabo, o Terceiro Congresso Lausanne sobre Evangelização Mundial. Ele reúne 4 mil participantes convidados de 197 países e chega a 90 países através do GlobalLink. O tema do congresso é “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19) e o testemunho de Jesus Cristo e de todos os seus ensinamentos em todas as regiões do mundo e em todas as esferas da sociedade.

O Movimento Lausanne, fundado por Billy Graham, tem como único objetivo reunir evangélicos em um propósito comum. O Congresso reafirma as verdades bíblicas fundamentais do cristianismo e discute os temas críticos que a Igreja certamente enfrentará durante a próxima década. Esses temas foram identificados através de reflexões em todo o mundo.

O presidente do Movimento Lausanne, Doug Birdsall, afirmou: “Trabalhamos para envolver os líderes evangélicos de todos os continentes. Este é o primeiro Congresso da era digital com este perfil e oramos para que ele anuncie um novo momento para a Igreja”.

Nesta era da informação, será intenso o tráfego no site do Congresso em seus oito idiomas, e as emissoras de rádio transmitem programas para toda a África e para a América Latina sobre os temas discutidos.

O Congresso Lausanne sobre a Evangelização do Mundo de 1974 gerou o Pacto de Lausanne, amplamente reconhecido como o documento de maior importância na história recente da igreja. Ao refletir sobre isso, o Arcebispo Henry Orombi, presidente do Comitê Anfitrião na África declarou: “Submissos a Deus, o legado do Terceiro Congresso depende de nós!”. Neste congresso será gerado O Compromisso da Cidade do Cabo - uma declaração de fé e um chamado à ação. O Dr. Chris Wright, diretor da Lagham Partnership International, é o principal arquiteto desta nova declaração, um trabalho feito em parceria com teólogos respeitados de todos os continentes.

Cada um dos seis dias do Congresso se iniciará com o estudo de Efésios, liderado por pastores teólogos de todo o mundo. “Estudaremos Efésios como uma comunidade global”, afirmou Blair Carson, diretor do Congresso. “Queremos formar uma base para um novo movimento de comunicação do evangelho de Jesus Cristo”.

John Stott e Billy Graham enviaram suas saudações pessoais, comprometendo-se a orar diariamente. Atualmente, ambos estão mais fragilizados, entretanto, não perderam sua paixão por Cristo e por Seu evangelho. Ao refletir sobre as imensas mudanças que ocorrem no mundo, Billy Graham escreveu de sua casa na Carolina do Norte: “Uma das tarefas que terão durante o Cape Town 2010 será analisar essas mudanças e avaliar o impacto delas na missão para a qual Deus nos chama hoje”.

John Stott manifestou sua satisfação pessoal com o fato do Congresso ser realizado na África: “Minha oração é que vocês partilhem ricamente a bênção que Deus tem derramado sobre a Igreja neste continente assim como a dor e o sofrimento do seu
povo ali”.




1.    O DEUS DA BÍBLIA É UM DEUS QUE CHAMA

a. Chama porque tem autoridade
b. Chama porque tem propósitos
c. Chama porque tem pessoas disponíveis
d. Chama a quem Ele deseja
e. Chama para onde julga necessário

2. DEUS CHAMOU A JONAS

a. Um chamado específico
b. Um chamado emergente
c. Um chamado intransferível

3. A REAÇÃO DE JONAS AO CHAMADO DE DEUS

a. Jonas decidiu não ir para onde Deus o enviou
b. Jonas decidir ir para onde Deus não o enviou
c. Jonas ignorou o sentido de sua chamada
d. Jonas foi diferente de Isaias e de Paulo
i. Isaias disse: “Eis-me aqui...”
ii. Paulo disse: “Que queres que eu faça?”

4. A PERIGOSA VIAGEM PARA TARSIS

a. Perigosa porque Jonas tentava fugir de diante do Senhor
b. Perigosa porque não cumpria a rota estabelecida por Deus
c. Perigosa porque não contava com a aprovação de Deus

5. A DUALIDADE REGISTRADA NA BÍBLIA

a. Duas estradas, dois caminhos, duas portas.
b. Tarsis ou Nínive?
c. A vontade de Deus e a vontade pessoal

6. A NATUREZA DO CHAMADO DE JONAS

a. Um chamado pessoal – somente para ele.
b. Um chamado espiritual – tinha em vista a transformação de Nínive.
c. Um chamado bíblico – para que ele pregasse a Palavra.
d. Um chamado poderoso – era acompanhado de autoridade.

7. JONAS FOI CHAMADO PARA IR A NÍNIVE

a. Cidade fundada por Ninrode.
b. Corresponde ao atual Iraque
c. As ruas tinham 20 km de comprimento.
d. Capital da Assíria, uma cidade altamente pecadora.

8. O QUE DEUS ESPERAVA DE JONAS

a. Obediência
b. Determinação
c. Dedicação
d. Compaixão

9. OS PASSOS DESCENDENTES DE JONAS

a. Desceu a Jope
b. Desceu para o porão do navio
c. Desceu para o ventre do peixe
d. Desceu para o fundo do mar

10. A RESTAURAÇÃO DE JONAS

a. Jonas se arrependeu de sua desobediência
b. Jonas orou ao Senhor
c. O Senhor deu a Jonas uma segunda oportunidade
d. Ele realizou um grande trabalho em Nínive
e. Houve um grande avivamento na cidade
f. Jonas foi honrado pelo Senhor Jesus.

A Chamada de Jeremias e a Nossa

"Antes que eu te formasse..., eu te conheci..., te consagrei e te constituí" (Jr 1.5)

Embora o Senhor tenha dito estas palavras diretamente a Jeremias, podemos aplicá-las a nossa própria vida também. Observe como elas respondem a quatro questões básicas, comuns a todos os homens:

Eu te formei - Isto responde à pergunta: "Quem sou eu?". Sendo formado por Deus com individualidade e personalidade própria, posso repetir as palavras do salmista: "Visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste". Porque não sou um conjunto de moléculas fortuitamente unidas, mas um ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, posso regoziar-me na certeza de que Ele me criou para Seu próprio prazer.

Eu te conheci - Isto responde à pergunta: "Quem se importa comigo?". O Senhor! Ele sabe tudo sobre minhas fraquezas e tristezas. Ele também conhece a profundidade do meu pecaddo e corrupção; e conhece até mesmo minha deliberada ignorância acerca Dele. Todavia, Ele se importou de tal maneira que enviou o Seu Filho unigênito a fim de que morresse por nós.

Eu te consagrei - Isto responde à questão: "Eu tenho importância?". A surpreendente graça de Deus não somente redime os pecadores de sua culpa e julgamento, mas os separa como um povo especial. Ele, ademais, tem prazer em conformá-los à imagem de Seu Filho.

Eu te constituí - Isto responde à pergunta: "Há um propósito na vida?". Assim como Deus tinha um propósito para a vida de Jeremias, Ele tem para a nossa vida também. E este propósito é especialmente planejado para cada indivíduo. Que alegria é abraçar o propósito de Deus para a nossa vida e prová-lo como "bom, aceitável e perfeito". (Boa Semente)



Quase todos os anos, são divulgadas pesquisas atualizadas sobre as religiões do mundo, trazendo dados estatísticos curiosos. Porém, dentre as pesquisas divulgadas nos últimos anos, a que chama mais a atenção é a do International Bulletin of Missionary Research (IBMR). A instituição norte-americana, que mantém uma revista mensal apenas para assinantes e colaboradores, divulgou recentemente que, dos 6,7 bilhões de pessoas no mundo em 2008, 2,2 bilhões são cristãos (aqui, como na maioria das pesquisas, somam católicos romanos com ortodoxos e protestantes de várias matrizes), 1,4 bilhão são muçulmanos, 888 milhões são hindus, 391 milhões são budistas e 15 milhões são judeus. De acordo com esse censo, há 1,13 bilhão de católicos romanos, 806 milhões de protestantes de várias matizes e 253 milhões de ortodoxos.

Informações ainda mais interessantes surgem quando o IBMR apresenta os dados detalhados do Cristianismo no mundo. Trata-se de uma fotografia quase perfeita de como anda a fé cristã em nosso planeta.
Um dos dados interessantes do International Bulletin of Missionary Research diz respeito ao número total de convertidos e desviados todos os dias no mundo em relação a todos os segmentos denominados cristãos.
De acordo com o IBMR, cerca de 170 mil pessoas se convertem todo dia ao Cristianismo no mundo, mas, em contrapartida, todos os dias 91 mil cristãos se desviam, o que significa que há um acréscimo real diário de 79 mil novos cristãos em todo o mundo.

Ou seja, 53% dos que se convertem ao Cristianismo todos os dias no mundo se desviam. Apenas 47% permanecem. Claro que há razões, peculiaridades e contextos variados dentro desse número de desviados por dia, mas esse dado não deixa de enfatizar a necessidade de as igrejas investirem mais em discipulado.

Cabe
a cada um de nós, que formamos a Igreja, o Corpo de Cristo, fazer a nossa parte com afinco. “Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa”, João 4.35.

Frequência aos cultos e número de mártires cristãos

Mais duas informações interessantes da pesquisa do IBMR dizem respeito à frequência à igreja dos cristãos e ao número de mártires do Cristianismo no mundo atualmente.

Segundo o levantamento do IBMR, dos 2,2 bilhões de cristãos no mundo, apenas 1,5 bilhão são cristãos que vão regularmente à igreja. Isto é, 700 milhões não vão à igreja ou quase não vão, o que significa que 33% dos cristãos do planeta são nominais.

Ainda segundo a IBMR, há 39 mil denominações cristãs hoje no mundo, com 3,7 milhões de congregações.

Quanto aos mártires, a IBMR afirma que o número de mártires cristãos chega a 175 mil por ano. Isso significa que em nenhuma outra época da História da Humanidade morreram mais cristãos por causa da sua fé do que agora. Nem na época da perseguição à Igreja Primitiva por parte do Império Romano havia tantas mortes de cristãos assim como vemos hoje. São 480 novos mártires por dia em todo o planeta. Homens, mulheres e jovens que pagam com a vida pelo “crime” de seguirem a Cristo.


O GIGANTE ADORMECIDO

O especialista em missões Peter Wagner declarou, no começo da década de 1990, que o Brasil seria a maior força missionária mundial em 2010 e que 2025 seria a vez da China. Isto ainda não ocorreu e realmente creio que não existem sinais evidentes de que tal previsão se cumpra. Em parte, o problema é a falta de parcerias eficazes entre a Igreja do hemisfério Norte e a Igreja brasileira. Mesmo assim, segundo Patrick Johnstone, o Brasil é a terceira nação que mais envia missionários neste momento.

Pensando sobre a situação da China, a previsão de Peter poderá se concretizar, pois a China já vem explorando seu potencial missionário hoje de forma mais ampla e eficaz que o Brasil. Basta lembrar que somente o Movimento Back to Jerusalem pretende levantar 100.000 missionários chineses. O plano é que eles saiam da China percorrendo o trajeto conhecido como “rota da seda”, hoje também chamado de “Janela 35-45”, até chegar a Jerusalém. Muitas reuniões estão sendo feitas sobre o assunto e o Irmão Yan, um pastor chinês que esteve preso durante mais de 20 anos por pregar o evangelho, está sendo tremendamente usado por Deus para divulgar a visão. O movimento conta com o apoio do escritor Paul Hattaway, que colocou o assunto, de forma jornalística, em evidência nas várias reuniões de parcerias realizadas no mundo para tratar do assunto. Esse tipo de proposta de união no trabalho missionário é algo vital para ajudar no treinamento, na logística e na estratégia daqueles que serão convocados para essa empreitada tão importante e perigosa.

Parece que há mais interesse e generosidade da Igreja do hemisfério Norte em relação à Igreja chinesa. Creio que o principal motivo seja o sofrimento que os irmãos chineses enfrentaram por causa da perseguição; algo que, de certa forma, serviu para purificá-la. Além disso, a comunidade chinesa cristã espalhada pelo mundo é rica e pode, certamente, investir no financiamento deste contingente tão corajoso que ainda está passando por um duro treinamento. A perseguição fez deles militantes persistentes da causa de Cristo e, acima de tudo, muito bem-sucedidos na evangelização. Prova disso é a estimativa de que ocorram 27.000 mil conversões na China a cada dia. É importante destacar ainda que, segundo o pesquisador Patrick Johnstone, a maioria desses evangelistas são mulheres, muitas delas ainda adolescentes.

Ao longo dos anos vários escritores fizeram análises sobre a Igreja brasileira partindo da perspectiva do hemisfério do Norte. Alguns deles trabalham no Brasil ou são obreiros nacionais educados dentro de uma filosofia de trabalho típica da Igreja do Norte. Entendo a importância desses escritos, mas sinto que é preciso fazer uma nova leitura do que está acontecendo sob uma perspectiva mais latina.

A Realidade Sobre a Índia

Na Índia, país predominantemente hinduísta, os cristãos são de longe uma minoria. Eles têm sido perseguidos durante anos, e no estado de Orissa, local mais tenso do país, cerca de 50 pessoas perderam suas vidas em uma onda de violência que ocorreu em 2008. Como ocorre a perseguição dos cristãos indianos? Qual é a história desses cristãos? E como se preparam para enfrentar tamanha opressão?

Escrito pelo jornalista Gerald Bruins.

Nova Déli – Na Igreja Metodista Betel, localizada na cidade de Noida, que fica na capital superpopulosa de Nova Déli, os jovens são responsáveis pelas atividades da manhã. Eles lêem as Escrituras, fazem um período de adoração, usando guitarra e bateria, e cantando músicas compostas por eles mesmos. Certa manhã, além das coisas de costume, eles encenaram uma peça. De repente, alguns jovens com mantas enroladas na cabeça e com pedaços de madeira nas mãos invadiram a igreja e bateram no “pastor”, um jovem com uma vestimenta litúrgica. Alguns cristãos foram atirados no chão. O pastor arrastou-se até o microfone e com a voz sufocada citou as conhecidas palavras de Jesus: “Pai, perdoa-os, pois não sabem o que estão fazendo”.

Esse é o modo que esses jovens encontraram para chamar atenção para a perseguição que seus irmãos cristãos têm enfrentado. Esse é o assunto que tem mais ocupado a mente dos cristãos indianos, principalmente, após a grande violência feita contra os cristãos do estado de Orissa, na qual se estima que cerca de 50 pessoas foram mortas, 4.500 casas e igrejas foram destruídas, e mais de 50 mil pessoas ficaram desalojadas.

Na capital, os cristãos podem realizar suas atividades com total liberdade, mas em outras partes do grande país a situação é precária. É por isso que duzentos pastores, fundadores de igrejas e evangelistas de todos os lugares do país se encontraram secretamente, em algum lugar do norte da Índia, para um seminário chamado PFAT. Durante quatro dias cheios, os participantes receberam ensinamentos, na maioria dos casos pela primeira vez, sobre a perseguição de acordo com a perspectiva bíblica. Realizado pela equipe indiana da Portas Abertas Internacional, organização mundial que apoia os cristãos perseguidos, o seminário ainda abriu espaço para testemunhos pessoais. Após as discussões, geralmente os participantes chegavam à seguinte conclusão: acreditar em Jesus na Índia pode custar tudo: filhos, família, casa, igreja e até a própria vida.

O fio condutor de todos os testemunhos contados eram os grupos de hindus extremistas, que apareciam do nada, cercavam os cristãos, os ameaçavam com pedaços de madeira e armas, e incendiavam suas casas e igrejas.

É importante fazer uma clara distinção entre os extremistas e os hindus “comuns”, que em muitas regiões do país vivem pacificamente com cristãos e muçulmanos. O comportamento dos hinduístas radicais pode ser ilustrado através dos incidentes que envolvem Anil Kumar, pastor de uma igreja pentecostal. Ele lidera três comunidades que somam um total de 100 membros no norte do estado de Uttarakhand. No dia cinco de janeiro de 2008, ele foi ameaçado por telefone. Ordenaram que parasse os cultos da igreja. Alguns meses antes, a polícia o prendeu sob a acusação de “forçar conversões”, ou seja, de tentar converter hindus à fé cristã, o que é proibido em alguns estados indianos que possuem leis anticonversão. Depois disso, foi solto porque faltavam evidências. Tempos depois, um grupo de hindus se juntou em frente à sua igreja, gritando e ofendendo os membros. Logo em seguida, enquanto o culto estava ocorrendo, houve um ataque à igreja. Eles espancaram os fieis, que fugiram de lá em pânico, alguns com as pernas quebradas, mas ainda assim, tiveram que correr. Kumar foi detido novamente e trancafiado durante vários dias.

Enquanto contava a história, o pastor começou a chorar, não por causa do sofrimento que passou, mas porque sob tamanha pressão, alguns se reconverteram ao hinduísmo. E por mais que os radicais estejam distribuindo um panfleto com sua foto, para tentar expulsá-lo da cidade, o pastor não pretende parar de fazer o que faz. “Jesus está comigo. E abri um processo legal contra a polícia. Aprendi a defender meus direitos neste seminário”, afirma.

Feridas à faca Raju Baria, o líder de uma igreja doméstica em uma cidade do estado de Madhya Pradesh, carrega no corpo sinais visíveis da perseguição. Alguns anos atrás, radicais hindus o esfaquearam repetidas vezes no braço, e o atingiram nas costas com uma espada. No hospital, o médico não quis socorrê-lo. “O médico disse que Jesus me curaria e me enviou de volta para a delegacia. Fiquei detido durante um mês, porque disseram que eu forçava as pessoas a se converterem. Aos poucos minhas feridas sararam.” Após sua libertação, o pastor transferiu o culto da igreja para a casa de um amigo. Mais uma vez os extremistas fizeram um ataque, atearam fogo na casa e duas crianças que estavam em pânico pularam em um poço e se afogaram. “Seis igrejas da região viraram cinzas”, ele comentou de maneira contida. Apesar da opressão, disse com lágrimas nos olhos que sua comunidade está crescendo.

Como o pastor explica isso? “Continuamos a evangelizar e ocorreram muitas curas. Isso traz as pessoas a Jesus.” Muitas histórias de milagres são contadas no seminário. Antes de sua conversão, o pastor Prakash Jha do estado de Madya Pradesh era membro de um grupo extremista hindu. Ele até atacou igrejas e cristãos. “Uma organização fundamentalista fez uma lavagem cerebral em mim. Os líderes diziam que os cristãos eram chantagistas, que recebiam dinheiro de fora do país e forçavam os hindus a se converterem. Assim, nós tínhamos que fazer algo contra eles.” Ele ganhou uma Bíblia de um amigo que se tornou cristão. Sem saber que tipo de livro havia recebido, começou a lê-lo. No evangelho de Mateus, leu que Jesus pediu que todos que estivessem cansados e sobrecarregados viessem a ele. Isso o aproximou da fé. Converteu-se após testemunhar uma oração que trouxe cura a uma mulher que havia sido mordida por um escorpião. Sua igreja está crescendo apesar da opressão, segundo o próprio relato, isso acontece por causa das muitas curas que têm ocorrido.

A perseguição também vem da família, contam os participantes do seminário. O pai de Bhupendra Nath é um guru, da casta brâmane, a mais elevada. Ele poderia ter seguido os passos do sacerdócio hindu, mas seus amigos de escola falaram para ele sobre Jesus e ele aceitou a fé. “Imediatamente após a primeira oração que fiz, fui liberto de uma terrível dor de cabeça, que me incomodava já fazia muito tempo”, diz. Como uma tentativa de fazer com que voltasse ao hinduísmo, o pai ordenou que fizesse diversos rituais, mas ele recusou-se. As pessoas da cidade começaram a pressioná-lo a voltar à fé hindu, mas ele resistiu. “Então, meu pai ameaçou me matar e pagou alguns mercenários. Eu fugi da casa de meus pais com minha esposa e estou vivendo em um lugar secreto, bem longe da minha família. Isso me magoa muito. Sinto falta deles, mas agora vejo meus irmãos e irmãs da fé como família.”

No seminário havia um grande número de ministros da Igreja Evangélica Luterana do distrito de Koraput, situado no estado de Orissa, o centro do pior ataque já realizado contra cristãos. Quando a violência começou na região de Kandhamal, a cerca de duzentos quilômetros de distância, os pastores pensaram que os ataques não os alcançariam, mas estavam errados. Após quatro dias, as multidões alcançaram Koraput também.

O reverendo Sewak Ram conta como seu sogro, também pastor da Igreja Luterana, e sua esposa tiveram que fugir para a floresta, quando sua igreja foi incendiada. “Eles tiraram primeiro tudo o que estava lá dentro, desde roupas até o fogão a gás e as Bíblias, e as queimaram fora da igreja.” Seu amigo, o reverendo Mahesh Pramanik, ficou preso no fogo cruzado. De um lado, estava a multidão enfurecida de hinduístas; do outro, um grupo de jovens (os cristãos da cidade estavam divididos), que queriam defender a igreja. Com a ajuda da polícia, foi possível impedir o confronto. “Eu estava na frente do grupo cristão, com as mãos estendidas, e clamava para que eles não recorressem à violência. Isso deu certo, mas os hinduístas ainda assim incendiaram todas as igrejas.”

No total, 25 lugares de culto foram incendiados na região, assim como um número desconhecido de casas. Sessenta famílias cristãs perderam tudo. “É surpreendente o fato de que não houve mortes nessa região”, diz Pramanik. “Os pastores nem ousam pensar em reconstrução, não há dinheiro para isso. No momento, fazemos os encontros debaixo de árvores ou em campos abertos.”

Em outros lugares de Orissa, os cristãos enfrentaram um destino muito pior: cinquenta pessoas foram assassinadas, mas de acordo com um relatório do Partido Comunista da Índia (marxista-leninista), 500 pessoas podem ter sido mortas. Segundos os comunistas, há rumores que dizem que os fundamentalistas hindus foram instruídos a destruir as evidências e queimar os corpos. As imagens de cristãos carbonizados porque atearam fogo neles ou porque não conseguiram sair de suas casas e igrejas durante os ataques, são freqüentes.

O reverendo Abraham, da organização Full Gospel Trust, que trabalha entre as crianças pobres do norte da Índia, nasceu em Orissa. Ele visitou diversas vezes o distrito de Kandhamal, que foi fechado para a imprensa. “Muitas pessoas ficaram traumatizadas, pois perderam um ou mais membros de sua família ou suas casas, e porque os documentos das propriedades foram queimados também, será difícil para eles retornarem.”

O fato de que as igrejas foram incendiadas não tem impedido que os cristãos se encontrem, seja em casa ou na floresta. “É estranho pensar que você pode destruir o cristianismo ao destruir igrejas. Os cultos das igrejas simplesmente continuam a ocorrer, não importa quão difíceis são as situações.” Das milhares de pessoas desabrigadas, um grande número está vivendo nos campos estabelecidos pelo governo.

O pastor iniciou diversos projetos voltados para crianças: “Do ponto de vista emocional, elas estão muito feridas. Não podem ir à escola e estão condenadas ao ócio. Estamos desenvolvendo um projeto cheio de atividades.” Abraham ouviu diversos relatos de pessoas que foram forçadas a se reconverterem ao hinduísmo. “Rasparam o cabelo dos cristãos, os forçaram a oferecer cocos a entidades, a beber urina de vaca e fizeram o sinal hindu na testa deles”, descreve o pastor.

Muitos cristãos em Orissa começaram a duvidar. Alguns já haviam perdido suas casas em um ataque em dezembro de 2007, e tinham acabado de reconstruí-las quando os hinduístas atacaram novamente e destruíram tudo. “Onde está Deus?”, alguns perguntam a si mesmos. Ore por eles e por todos os que foram forçados à reconversão ao hinduísmo, para que possam permanecer fiéis a Jesus, mesmo que só no coração.

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